O filme traça a trajetória impressionante do ex-cabo de exército que reinou soberano e acabou condenado ao ostracismo por um delito que jurava inocência.
CLAUDIO MANOEL, TV ZERO,
JAYA, ZOHAR, MOVIEMOBZ, RIO FILME E GLOBO FILMES
Apresentam
Festival de Cinema do
Amazonas
Cine BH
Mostra de Documentários de
Maceió
Festival de Aruanda
Cinemúsica
V
Panorama Internacional Coisa de Cinema
V
Festival de Cinema de Arte de Salvador
V
Festival de Verão
“Faz justiça
ao artista sem fugir da polêmica que derrubou o homem.”
“Revelador
para as gerações que só ouviram falar de seu sucesso.”
“Suas
apresentações são provas convincentes de seu poder de mover as massas com
enorme carisma.”
“Grandes
atuações no palco em raras imagens de arquivo.”
- O Estado de S.Paulo
...
“É o primeiro
olhar do cinema sobre esse homem.”
- Folha de S.Paulo
...
“Gente Boa não é o Bonequinho, mas viu o filme e
aplaude de pé.”
- O Globo
“Montagem esperta e moderna, depoimentos contundentes.”
“Imagens de arquivo que mostram o contraste da grandiosidade do cantos
nos anos 60 versus a decadência
nos últimos dias.”
“Honesto e bem trabalhado tributo
a um artista que experimentou tanto a doçura da fama como o amargo do
ostracismo social.”
“Um filme essencial, atraente e
contundente que resgata a memória de uma figura que não deveria ter sido
esquecida.”
Cineclick
SINOPSE REDUZIDA
O filme traça
a trajetória impressionante do ex-cabo de exército que reinou soberano e acabou
condenado ao ostracismo por um delito que jurava inocência.
SINOPSE
Numa
época de talentos eternos e revolucionários, Wilson Simonal brilhou como
ninguém e inovou como poucos. Juntando qualidade, carisma, simpatia, suingue,
charme, sensualidade e muito talento, ele se tornou a sensação do Brasil e
ainda conquistou o público internacional. De repente tudo acabou. Boatos,
acusações, mistérios, patrulhas e perseguições. O que aconteceu com
Wilson Simonal?
“Simonal
- Ninguém sabe o duro que dei” traça a trajetória impressionante do ex-cabo de
exército, que reinou soberano e acabou condenado ao ostracismo por um delito
que jurava inocência. Através de depoimentos de amigos, inimigos e,
principalmente, de imagens das exuberantes performances do grande artista, o
filme mostra também as respostas que nunca apareceram. Simonal era informante
da ditadura? Era favorável aos militantes? Ou seu maior crime foi ser negro,
milionário, símbolo sexual num país e numa época em que existia muito racismo?
ENTREVISTAS
Diretores
Claudio
Manoel foi, em 1978, um dos
fundadores do Casseta Popular, tablóide feito por estudantes universitários,
que ajudou a renovar o humor brasileiro na década seguinte. Junto com os amigos
da publicação e com integrantes do jornal O Planeta Diário, ele montou ainda
nos anos 80 o Casseta & Planeta, grupo multimídia que, além de produzir um
programa semanal de televisão com uma das maiores audiências no Brasil, gravou
discos de sucesso, produziu programas de rádio, filmes, tele-piadas, jogos em
CD-Rom, livros de humor, e editou várias revistas – inclusive em quadrinhos. Simonal – Ninguém Sabe
o Duro que Dei é sua estreia na direção cinematográfica.
Em que momento o Simonal apareceu em sua vida?
Foi quando eu era moleque. O Simonal estava no auge –
era o fim dos anos 60, começo dos 70. Eu tinha por volta de 10 anos de idade e
não ia a shows, mas via TV e conhecia os hits dele. Lembro da presença
do Simonal como o artista mais popular da época – havia até aquele mito de que
ele havia regido uma multidão no Maracanãzinho. Depois, teve todo aquele
processo que ele sofreu, mas aí eu já estava entrando para a universidade e
então perdi todo o contato – se o ambiente universitário daquela época não
aceitava Nelson Rodrigues, que dirá Simonal! Ele não era o cara que tinha
simplesmente caído no ostracismo, ele foi vitima de uma verdadeira sovietização
– não apenas saiu de moda, mas foi retirado dos verbetes! Bom, mas aí os anos
se passaram e um dia eu estava lendo o livro Noites Tropicais, do Nelson
Motta, e havia um capítulo bem interessante sobre o Simonal. Ali, deu para ver
bem como, ao longo dos anos, aquele troço todo havia sido mal contado pela
História. A imagem era a de um cara que fazia um sucesso estrondoso e, que, nas
horas vagas, era delator. Uma coisa muito doida.
E como foi que cresceu a idéia de fazer um
documentário?
Bem, conversa vai, conversa vem, eu comecei a fazer
uma pesquisa de reportagens e de imagens ajudado por um amigo – fiz visitas à
Cinemateca de São Paulo e à TV Record e achei muita coisa impressionante.
Depois que eu dei uma entrevista dizendo que pensava em talvez fazer um filme e
logo em seguida fui procurado pela Sandra, a segunda mulher do Simonal, que era
uma espécie de mantenedora da sua memória e que também me mostrou muito
material. Daí em diante, fui equacionar os custos de produção – eu nunca tinha
feito um filme –, montei uma demo e fui rodar bolsinha atrás de patrocínios. O
que não deu em nada, já que os prováveis financiadores ou não conheciam o
Simonal (e não se interessavam por ele) ou conheciam – e se interessavam menos
ainda. Tentei uma, duas, três, 10, 15 vezes. Era mais difícil do que eu pensava
– parecia que eu estava fazendo algo sobre o Comando Vermelho ou o PCC! Aí
fiquei mordido em meus brios, tive uma conversa com a minha família, e resolvi
gastar do meu mesmo para fazer o filme. Gravei alguns depoimentos nas férias,
passei uns dois verões trabalhando, mas a coisa era bem difícil de prosseguir.
Então apareceram o Calvito e o Micael.
E como foi daí em diante?
Como não tínhamos um texto base, resolvemos então ver
o material para achar a escrita do filme. Rolou muita discussão entre os três
até que todos se convencessem de um meio do caminho. Acho que isso deu ao filme
algumas sutilezas e camadas. Conseguimos escapar das ciladas do dramalhão, da
tomada de posição e do maniqueísmo. O filme ficou como o próprio Simonal – pop
e na contramão. A gente conseguiu não dar uma opinião, a gente joga o
espectador para lá e para cá. Tem a constatação de um cara que foi quase como
um ser divinal, e depois tem a sua desconstrução. Isso foi para mostrar que
todo mundo é humano, nem anjo nem demônio. E ainda tem o absurdo do castigo que
o cara sofreu... A pena dada pela sociedade brasileira foi maior que a por
homicídio. Tinha gente que dizia: “o facínora do Wilson Simonal ainda encontra
lugares que o acolham”. A crueldade da punição foi exagerada. O tempo tem que
passar por cima de todas as coisas, mas com o Simonal essa máxima não valeu.
E, para você, qual o Simonal que sai desse filme?
Acho que dele saiu o Simonal artista, o que eu acho
justo, já que por aí tem muito artista canalha, mau caráter, que está sendo
consumido. Saiu um Simonal mais humano, com falhas, com escolhas certas e
erradas. E o filme também traz uma discussão sobre a intolerância da época da
ditadura, aquela de que o Ziraldo [jornalista do Pasquim] fala que foi um
produto das circunstâncias. Tem um pensamento falso, de que aquela era uma luta
de democratas contra autoritários – só que os dois lados tinham projetos
autoritários! O pluralismo era algo liberal, de direita, ou como algo dos
frouxos que estavam dando mole pros comunistas. Quem viveu na universidade viu
isso – esse tipo de Fla x Flu que torna a sociedade mais imbecil. Esse é um
pano de fundo relevante do filme. Para mim, o Simonal é aquele cara que estava
no meio do tiroteio, numa época em que não se poderia dar mole pra Kojak.
Micael
Langer cursou Rádio e TV e já
trabalhou como assistente de correspondente no The New York Times no Rio de
Janeiro. Desde 2003, trabalha como produtor, roteirista, diretor e pesquisador
em curtas-metragens, vídeos institucionais, filmes publicitários e DVDs.
Calvito Leal
é formado em Publicidade e Criação na UniversidadeMackenzie em São Paulo.
Trabalhou como assistente de fotografia still, artista de composição digital
para filmes publicitários e assistente dedireção em diversos comerciais e
longas-metragens nacionais e internacionais. Simonal - Ninguém Sabe o Duro que
Dei marca suaestréia na direção de filmes. Calvito hoje dirige programas de
televisão para canais como Fashion TV e Multishow e é sócio-fundador da Barry
Nice, produtora de conteúdo audiovisual.
Como foi
que vocês dois entraram no filme?
Calvito – Eu fiquei conhecendo melhor a história do Simonal a
partir de um especial de TV. E depois disse para mim mesmo: Não é possível que
ninguém esteja contando essa história! Logo em seguida, conheci a Bárbara,
mulher do Max de Castro [filho de Simonal] e ela me disse que o Claudio Manoel
estava fazendo um filme sobre ele. Resolvi então ligar para o Claudio para
saber qual era o foco do seu documentário. Marcamos uma reunião e ele disse que
o projeto estava parado há um tempo e sugeriu que a gente unisse forças para
retomá-lo. Nós resolvemos ali começar um novo projeto e fomos catar mais
imagens de arquivo. Mas um ponto fundamental para a gente era ir atrás do
contador [Raphael Viviani, a quem Simonal era acusado de mandar dar uma surra, episódio
que deflagrou todo o processo de degradação de sua imagem pública].
Micael – Esse depoimento do contador era o que a gente achava
que ia despertar o interesse de uma geração para ir ver o filme – elucidar o
que realmente aconteceu com o Simonal e como a coisa chegou àquele ponto.
Quando a gente olhava de fora para a história logo via que tinha um buraco.
Você tinha um episódio policial, e daqui a pouco você via que a coisa tinha se
tornado política – logo, tudo foi crescendo de uma forma descontrolada. E nunca
ficou muito claro para a gente o que fez uma coisa virar a outra. A gente
contratou um detetive para ir atrás de algumas pessoas-chave (o promotor do
caso, os detetives do DOPS, o motorista do Simonal) e, por diversas razões, e o
único que ele encontrou foi o contador – justamente aquele que a gente mais
queria encontrar. Quando fomos a casa dele, o Calvito ficou dentro da van com a
câmera e eu fui lá, bater à porta, com um microfone de lapela sem fio. O
argumento que convenceu o Viviani a falar com a gente foi a de que ele poderia
se defender da acusação de que estaria roubando dinheiro da firma. Nossa
primeira impressão que a gente teve é de que não só a família do Simonal foi
destruída por esse acontecimento – a do Viviani sofre muito até hoje.
Calvito – O Viviani mudou a história do Simonal assim como
ele mudou a nossa história também. A gente estava indo com um filme na cabeça
e, depois que encontrou ele, a gente teve que parar para conversar. A
entrevista dele foi a última a ser feita. Na hora, deu aquela coisa: Peraí,
gente, temos um furo! E aí a gente resolveu mexer no material para entender a
história que estava contando. E uma surpresa muito agradável foi que, quando
estávamos começando a editar o depoimento do Viviani, nós conseguimos achar o
processo criminal do Simonal – e ele estava a uma semana de ser destruído. A
gente chegou a entrar com um scanner dentro do tribunal para poder copiá-lo!
O filme
recorre bastante à animação com fotos. Qual foi a intenção com isso?
Calvito – A ideia era tornar o filme o mais pop possível,
deixá-lo agregador. O documentário já é, por si só, um formato cinematográfico
complicado, o público já é naturalmente avesso a ele. A animação era muito
importante para a gente, porque trazia o elemento pop e transportava um pouco
para aquela época, os anos 60, aquela coisa psicodélica, além de funcionar como
respiro. Porque você tinha que ter lugar para música no filme – e recorrer a
uma animação bacana era bem melhor do que deixar o som rolar somente com uma foto
estática de fundo.
Micael – A animação entrou porque nós três sempre tivemos a
preocupação era fazer um filme para todo mundo, não um para um circuito fechado
de cinéfilos. Nós viemos de televisão e da publicidade, tínhamos essa visão que
é destoante daquela da parcela mais elitista do mercado cinematográfico.
Quais
foram as descobertas na garimpagem de material de arquivo?
Micael – A gente conseguiu, por exemplo, um longa do Domingos
de Oliveira que se chama É Simonal [de 1970]. É um filme que não fez
nenhum sucesso, mas que para a gente tem uma importância fundamental porque,
pra nossa sorte, é um filme biográfico. A grande maioria das imagens coloridas
do filme a gente tirou dele. E houve surpresas como a cena do palhaço negro num
programa de TV, algo sobre que ninguém tinha comentado – você nunca imaginaria
que, em 1968, alguém faria um número com aquele teor racial, com aquela
intensidade. A primeira vez em que a gente viu essas cenas, a gente caiu da
cadeira. Muita coisa boa acabou ficando de fora do filme, mas deve entrar no
DVD. Esse manancial das imagens de arquivo é maravilhoso, mesmo sendo restrito.
Qual era
a visão que vocês tinham do Simonal antes de fazer o filme?
Micael – Pra mim, o Simonal era só um nome mesmo, a nossa
geração não teve acesso a ele. Quando eu falei para o meu pai que ia fazer um
filme sobre ele, a primeira reação que ele teve foi: Ah, o dedo-duro? Duas
coisas nos surpreenderam. Uma foi a qualidade artística dele e o tamanho da
carreira dele, o ponto a que ele chegou – ele foi o artista mais popular do
Brasil, isso não é pouca coisa. E segundo, a complexidade de toda a questão
política. Uma coisa é você saber que ele é um dedo-duro, outra é tentar
descobrir uma história nesse emaranhado de acontecimentos e ficções. É um negócio
kafkiano.
Calvito – Acho engraçado como a história do Simonal é um
reflexo do Brasil, esse oba-oba e
depois toma-toma, essa coisa de
construção e destruição, a efemeridade da fama num país sem memória. Um cara
com o potencial dele, a exposição que ele teve, e de repente ser apagado... Se
você perguntar num bar, as pessoas não vão nem saber quem foi o Simonal. E,
além disso, tem o fato de ele ter sido a personificação desse jeitinho
brasileiro, desse elevador entre o andar de cima e o andar de baixo. Foi uma
ascensão meio malandra. É lógico que com seu próprio talento, mas não só com o
talento. É também com o papo. Isso é algo que provocava uma identificação bem
maior com o brasileiro do que o discurso da galera engajada.
Micael – A gente tem uma esperança de que esse filme vá
suscitar o debate. O Simonal se deu a própria rasteira. O problema é que as
pessoas não estenderam a mão para ele levantar. O que se poderia esperar de uma
apuração mais profunda não aconteceu. As pessoas não se preocuparam em saber se
aquilo procedia ou não.
Qual a
maior preocupação ao fazer um filme sobre uma figura tão singular quanto o
Simonal?
Calvito – A gente sabia bem que o cara era uma simpatia, que
tinha um carisma e tal, mas se a gente não conseguisse convencer disso a quem
está ouvindo falar do cara pela primeira vez... perderíamos o jogo de cara! Era
importante mostrar o máximo de imagens de arquivo. Não só do cara cantando, mas
do cara atuando como performer. Aquela coisa da brincadeira... você começa a
entender o cara por causa isso. Você pega uma simpatia por ele. E aí quando
chega à história da Copa de 70, você entende que só aquele cara poderia ter
feito aquilo! Se a gente não tivesse isso, aí a gente ia ter feito um filme de
resgate para meia dúzia de pessoas. Entender o cara é fundamental para entender
a dimensão da queda.
O SIMONAL MUSICAL
Em comum, havia o fato de terem começado carreira sob
os auspícios do agitador Carlos Imperial e um passado de ligações com a
bossa nova – de repente, quando se chega ao final dos anos 60, lá estão os
dois, Wilson Simonal e Roberto Carlos, como os donos do pedaço, vendendo discos
aos milhões e lotando estádios como nenhum outro artista da música brasileira.
Mas se Roberto acabaria dando a semente para a formação de um movimento de
rock, eminentemente branco, no país, Simonal foi o capítulo 1 de uma espécie de
black music com sabor tropical. Tim Maia, Cassiano, Banda Black Rio,
Sandra de Sá, Cláudio Zoli, Ed Motta, Paula Lima, todo mundo passou pela porta
aberta do cantor de invejável inflexão jazzística (Sarah Vaughan que o diga!) e
incomparável ginga. A série de LPs Alegria, Alegria, iniciada por
Simonal em 1967, apresentou uma das criações de Imperial, a Pilantragem, que o
cantor representou melhor do que ninguém. Um passo além do samba esquema
novo de Jorge Ben, rumo às paradas de sucesso e às pistas quentes das
boates. A dance music brazuca por excelência.
Basta ouvir a gravação de “Nem Vem que Não Tem”
(composição de Carlos Imperial, que até Brigitte Bardot cantou depois, em
francês) para entender porque Simonal era o cara: malandragem total na inflexão
meio rap dos versos, suingando no balanço do piano de Cezar Mariano (o futuro
César Camargo Mariano, então líder do grupo Som Três) e de uma base de baixo,
bateria, guitarra e sopros bem próxima daquela soul music de sucesso da época,
de Otis Redding e Aretha Franklin. Uma combinação tão matadora (ah, e não dá
para esquecer das onipresentes palminhas, dando um clima de festa sem fim) que
funcionou com uma gama de composições tão ampla que era capaz de abranger a
folclórica “Escravos de Jô”, o “Sá Marina” (de Tibério Gaspar e Antônio
Adolfo), o “País Tropical” (de Jorge Ben, à qual Simonal deu sua forma
definitiva), o “Remelexo” (de Caetano Veloso) e a marchinha “Mamãe Eu Quero”.
Tal era o talento e o carisma do cantor que, se quisesse, até a “Marcha
Fúnebre” ele poderia tentar usar para levantar o povo no salão.
Os sucessos de Simonal na fase Pilantragem vieram aos
montes: “Meu Limão, Meu Limoeiro”, “Vesti Azul” (de outro artífice do gênero,
Nonato Buzar), “Mamãe Passou Açúcar Ni Mim” (outra de Imperial) e “Mustang Cor
de Sangue” (dos irmãos Marcos e Paulo Sérgio Valle). E para quem o acusava de
só saber fazer dançar, ele podia sacar do bolso o “Tributo a Martin Luther King”,
uma pungente tomada de posição na luta contra a discriminação racial, cuja
composição ele próprio assinou com Ronaldo Bôscoli. Mas saber fazer dançar,
divertir a massa era algo que o cantor fazia como ninguém – não por acaso, hoje
em dia quando os jovens DJs jogam na pista alguma das faixas acima citadas, não
tem quem fique parado. Wilson Simonal é aquele tio cheio de suingue, que
recentemente ganhou até um disco de remixes, Rewind, feitos por nomes
acima de qualquer suspeita, como Instituto e os DJs Hum e Patife.
Mas... e se alguém vem perguntar pela bossa, pelo
barquinho, pelo violão, pela sofisticação jazzística e pela música civilizada?
Não tem problema: os LPs Tem Algo Mais (de estreia, em 1963) e A Nova
Dimensão do Samba (1964) podem satisfazer os puristas, com muito Tom Jobim
(“Inútil Paisagem”, “Samba do Avião”, “Ela é Carioca”, “Garota de Ipanema”),
Menescal e Bôscoli (“Ela Vai, Ela Vem”, “Telefone”), Johnny Alf (“Rapaz de
Bem”) e Baden Powell/Vinicius (“Consolação”). Todos servidos com um molho especial,
cuja receita ninguém mais conseguiu reproduzir. É isso aí: os serviços
prestados pelo soldado Wilson Simonal à música brasileira são grandes, agora
sabemos bem – a hora, então, é de ir atrás dos seus discos e ouvir, ouvir,
ouvir. E dançar.
PRODUTORA
A TvZERO é uma produtora fundada em 1991 com o
objetivo de investir na renovação da linguagem audiovisual, levando ao grande
público obras de relevância artística e cultural. Inicialmente focada na
produção de documentários e videos musicais, ao longo dos anos a TvZERO
incorporou diversos segmentos dentre suas atividades e hoje concentra-se
exclusivamente na produção de conteúdo para cinema, tv e novas mídias. A produtora transformou-se em um núcleo de
realização, integrando profissionais de múltiplas vertentes: cineastas,
documentaristas, artistas gráficos, músicos e publicitários. Dentre suas principais produções recentes
estão os documentários de longa-metragem A
Pessoa é para o que nasce, de Roberto Berliner e LINGUA-Vidas em Português, de Victor Lopes. A TvZERO também
produziu os premiados curta-metragens Bala
Perdida, Onde a coruja dorme e A pessoa é para o que nasce, que deu
origem ao longa homônimo lançado em 2005. A produtora se destaca ainda pela
realização de programas para televisão como a série Som da rua, veiculada na TVE e na Rede Globo desde 1997, além de
programas para canais como o History Channel, A&E Entertainment, Tv
Cultura, SBT, dentre vários. No meio
musical, realizou diversos vídeos para bandas como Paralamas do Sucesso, Los Hermanos,
Skank, Lobão, Pedro Luis, Pato Fu, Ana Carolina, Leoni, Bezerra
da Silva dentre outros.
FICHA
TÉCNICA
Direção: Cláudio
Manoel, Micael Langer e Calvito Leal
Produtores Associados:
Raul Schmidt e Roberto Berliner
Produção Executiva:
Manfredo Garmatter e Rodrigo Letier
Coordenadora de Produção:
Lorena Bondarovsky
Direção de Fotografia:
Gustavo Hadba
Direção de Arte:
Eduardo Souza e Rodrigo Lima (Pavê – ex-Apavoramento)
Trilha sonora original:
Berna Ceppas
Montagem:
Pedro Duran e Karen Akerman
Produção:
TvZERO e Zohar
Co-produção:
Globo Filmes
Distribuição:
MovieMobz
Informações para a
imprensa:
PRIMEIRO PLANO - (21) 2286 3699
Anna Luiza Muller
Ana Paula Bonifácio – anapaula@primeiroplanocom.com.br
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